Era ali onde vivia. Onde tudo acontecia. Onde sorria, mas não chorava. Ali criava sua ilusão e nela se espelhava.
Dedicava-se a criar e acreditar em sombras na caverna de Mark Zuckerberg. Era uma especialista em diversos assuntos (afinal, quem não é?). Ao longo do dia desfilava todas as qualidades em sua timeline: comentarista esportiva, defensora dos animais, polemista, noveleira, religiosa, filósofa, fofoqueira, fotógrafa, modelo, humorista, filantrópica, culta, moralista e acima de tudo um exemplo.
Entre murais, compartilhamentos, likes e comentários descobriu uma cutucada inesperada. Estava sendo traída.
A menina virtual não encontrou outra solução. Aquela vida pela qual tanto se dedicava deveria acabar: cometeu o facebookcídio.
Um comentário:
passando os olhos, ou melhor:
vadiando por aí!
abraço
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