domingo, 30 de março de 2008

Curitiba dos horrores

Largo da desordem
Jardim do pânico
Centro Histérico
Santa infelicidade
Jardim banal
Campo sofrido
Vila das dores

Curitiba dos horrores

sexta-feira, 28 de março de 2008

Vogais Curitibanas

“Ah, Curitiba”, reclamam os usuários de ônibus de Curitiba.
“Eh....Curitiba”, comentam os sem assunto falando sobre o clima com estranhos.
“Iiiih. Curitiba”, observam os motoristas em horário de pico.
“Oh, Curitiba”, admiram os poetas não-valorizados.
“Uuuh, Curitiba”, gemem os fanfarrões que vagam a cidade em busca de sexo pago.

OBS: Divagação sugerida por Ana Cristiny Tigrinho, em homenagem aos 315 anos de Curitiba.

terça-feira, 25 de março de 2008

Pai

Pai preciso que você volte. Você prometeu que iria voltar. Você não sabe o que estão fazendo com a terra. Você não sabe o que estão fazendo com a carne. Pai, você é a única salvação. Já não agüento mais viver em meio a este caos. Os seres humanos só querem comer uns aos outros. Pai, neste lugar não há ordem. Este lugar é um desrespeito ao seu nome e a sua imagem. Só quando você voltar a ordem será restabelecida. Sabe pai, na hora em que a profecia se cumprir todos irão olhar pra você e deixar de fazer tudo o que estão fazendo.
Volta logo pai.
Esses loucos estão quebrando a casa inteira nesse churrasco que o Éder deu só por que você foi viajar.

domingo, 23 de março de 2008

Fofoca pós-moderna

Às vezes quando converso assuntos que geralmente não converso comigo me frago (sic) pensando coisas que nunca tinha pensado antes. Em alguns casos falo coisas que nunca pensei.
Foi o que me aconteceu nesta sexta-feira santa. Na verdade, acho que todas as sextas-feiras são santas. Um dia iluminado, em que todos cumprem seu compromisso com leveza, pensando que essa semana acabou e bebem pelos mais diversos motivos não pode ser considerado um dia comum. Bem, depois de muitas divagações conjuntas sobre a sexta-feira santa, carne, esquilos e piadas, eis que chegamos ao assunto BBB.
Desde o primeiro BBB eu achava que tinha lido tudo de mal que poderiam dizer do tal programa. Aí nas edições seguintes não li mais nada, por que as críticas passadas continuaram valendo.
Em meio à discussão disparo e depois penso: “O BBB é a fofoca pós-moderna”. Depois disso pensei: “Cara, é verdade”. Antigamente as pessoas, as vizinhas em especial, passavam horas fofocando em cima do muro sobre toda a vizinhança. Isso era muito comum. Todas as vizinhas se conheciam, e as horas vagas eram dedicadas à arte da fofoca. Em alguns casos as vizinhas tinham vergonha de ir até a casa da outra só pra fofocar. Assim, com hora marcada, as duas fingiam lavar a calçada (que já estava limpa) só pra poder puxar conversa.
Mas hoje isso não existe mais. Você não conhece mais a sua vizinha. Você só se relaciona com pessoas do seu grupo. Você tem medo de sair da sua casa em contato direto com o mundo. Você só sai de casa dentro do seu carro filmado. Você faz compras, depósitos, conversa e transa pela internet. Você mal olha na cara de sua vizinha, pois quando você cruza com ela no elevador você não fala nada e só olha para o chão, ou para o teto. A única praça que você conhece é a praça de alimentação do shopping.
A sua fofoca é elitizada. Como todas as suas relações você só vê o mundo por meio da televisão. Enquanto seu vizinho esfaqueia a sua mulher você assiste televisão, e por meio da TV você acompanha a vida de pessoas que você nem conhece. Mas agora conhece. Eles são todos os seus brothers. E vamos dar aquela espiadinha na casa mais famosa do Brasil.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Rotina

Rotina que amedronta
Hábito que assombra
O medo de viver à sombra de si mesmo

Viver sempre a sombra de ontem
Na escuridão do amanhã

Olhar pra frente e poder enxergar
Aquilo que não queria
Ter que saber infelizmente
Como será o próximo dia

sábado, 15 de março de 2008

Objetividade

Cristiano ficava ainda mais nervoso ao ver que o tempo passava e ele continuava intacto. Enquanto todos os seus amigos já estavam com as suas cocotinhas dançando música lenta, ele continua sentado. Ele se auto-condenada, “eu sempre sou assim. Eu vou morrer virgem. Eu não consigo ao menos dançar com uma menina”.
Enquanto o salão se movimentava a sua frente, ele continuava com seu whiski na mão. Olhava a sua volta e não via ninguém, nenhuma garota disponível e nenhum outro amigo, fracassado como ele.
Enquanto bebia vagarosamente a sua birita resolveu olhar fixamente para os seus amigos que dançavam. Ele agora torcia profundamente para que nenhum deles conseguisse beijar as meninas. Olhava, olhava e sua torcida dava certo. Alguns dançavam com os rostos virados para as garotas. Outros tentavam agarrá-las claramente, mas quando as meninas viravam o rosto, Cristiano soltava uma breve risada. A alegria parecia ser semelhante a que sentiria se tivesse beijado uma menina, mas essa não era sua realidade.
Eis que surge uma menina saindo do banheiro. Foi quase um milagre Alessandra ter saído do banheiro quando ele pensava que não havia mais nenhuma menina para ele dançar. Eles nunca tinham conversado antes, mas tinham vários amigos em comum. Ele pensou “é agora”. Se levantou e.... ficou parado no mesmo lugar. Pensou, pensou, pensou e permaneceu intacto. Ficou refletindo, seria uma boa idéia tentar ficar com Alessandra?
Pensava que os seus amigos iriam o aclamar, afinal foi o único a ficar com alguém na noite. Mas pensava também que os seus amigos iriam o zoar muito, afinal, Alessandra era um pouquinho feinha.
Cristiano refletiu profundamente, pesou as possibilidades e se decidiu. Iria tentar.
Ele foi em direção a ela. Ela o viu, mas olhou para o outro lado. Ele imaginou que aquilo já se configurava como uma derrota. Passou por ela e foi ao banheiro.
Chegando ao toalete ficou olhando fixamente os seus olhos no espelho. Estufou e peito e conversou com sigo: “Você vai fracassar mais uma vez Cristiano? Você é ou não é home rapa? Você vai ficar mais uma festa carregando esse seu fardo da virgindade? Não vai fazer nada para tentar mudar o seu destino? Vai ficar aí esperando o que? Que ela venha até você?”.
Quando saiu do banheiro estava decidido a enfrentar a sua timidez e sua virgindade tardia. Estufou o peito como um guerreiro disposto a defender sua nação. Cruzou o salão com o pensamento fixo. Repetia mentalmente o que diria para Alessandra. Ela viu a sua movimentação e percebeu que ele estava decidido daquilo. Ela encheu-se de alegria, mas não demonstrou. O guerreiro seguia até ela com a disposição e o sangue nos olhos de quem vê um inimigo agonizando no chão. Chegou até ela e disse:
- Me concede essa transa?

Se foder

Presente do Indicativo
Eu me fodo
Tu se fodes
Ele se fode
Nós nos fodemos
Vós vos fodeis
Eles se fodem

Imperfeito do Indicativo
Eu me fodia
Tu se fodias
Ele se fodia
Nós nos fodíamos
Vós vos fodíeis
Eles se fodiam

Perfeito do Indicativo
Eu me fodi
Tu se fodeste
Ele se fodeu
Nós nos fodemos
Vós vos fodestes
Eles se foderam

Mais-que-perfeito do Indicativo
Eu me fodera
Tu se foderas
Ele se fodera
Nós nos foderâmos
Vós vos fodêreis
Eles se foderam

Futuro do Pretérito do Indicativo
Eu me foderia
Tu se foderias
Ele se foderia
Nós nos foderíamos
Vós vos foderíeis
Eles se foderiam

Futuro do Presente do Indicativo
Eu me foderei
Tu te foderás
Ele se foderá
Nós nos foderemos
Vós vos fodereis
Eles se foderão

Presente do Subjuntivo
Que eu me foda
Que tu te fodas
Que ele se foda
Que nós nos fodemos
Que vós vos fodais
Que eles se fodam

Imperfeito do Subjuntivo
Se eu me fodesse
Se tu te fodesses
Se ele se fodesse
Se nós nos fodêssemos
Se vós vos fodêsseis
Se eles se fodessem

Futuro do Subjuntivo
Quando eu me foder
Quando tu se foderes
Quando ele se foder
Quando nós nos fodermos
Quando vós vos foderdes
Quando eles se foderem

Imperativo Afirmativo
Se fode tu
Se foda ele
Se fodamos nós
Se fodei vós
Se fodam eles

Imperativo Negativo
Não se fodas tu
Não se foda ele
Não nos fodemos nós
Não vos fordais vós
Não se fodam eles

Infinitivo Pessoal
Por me foder eu
Por te foderes tu
Por se foder ele
Por nos foderemos nós
Por vos foderdes vós
Por se foderem eles

quinta-feira, 13 de março de 2008

A sala da diretora

Wellington vivia na sala da diretora, desde a primeira série foi o aluno mais temporão da sala. O seu estigma fazia com que muitas vezes fosse culpado mesmo sem ter relação alguma com o problema da vez.
Em seu grupo de amigos era admirado, afinal, para ele qualquer frase que iniciasse com os dizeres “eu duvido que você...” era imediatamente executada. E quanto mais estripulias eram realizadas o seu limite ia aumentando.
Wellington era odiado pelos nerds. Ele nunca estudava para as provas, só tirava notas ruins e eternamente fazia prova de recuperação. Mesmo assim, os nerds mordiam-se de raiva quando viam Wellington na mesma turma que eles no ano seguinte. Além disso, a cada piadinha dele na sala de aula em que todos os alunos riam, os nerds se contorciam por dentro. Às vezes, até os professores riam das piadas dele, o que enraivecia ainda mais os nerds.
Os professores tinham opiniões diferentes sobre ele. A maioria o odiava, tanto ou mais do que os nerds, e eram os principais responsáveis pelas suas visitas à diretoria. Alguns professores até gostavam dele. Outros apenas o aturavam. Ainda tinha aqueles que tinham dó, e quando Wellington fazia bagunça, eles apenas o chamavam pra conversar ao final da aula. Diziam: “Wellington, você é um bom menino. Você é inteligente. Mas por que faz tanta bagunça?”. Ele apenas olhava com cara de coitadinho, então os professores o mandavam embora, com uma breve alisada nos seus cabelos.
A diretora já tinha hora marcada para receber Wellington, mas algumas vezes ele a surpreendia e não era mandado a sua sala pelo professor. Na última vez, a diretora Anselma disse que na próxima vez seria expulso. Ela já tinha dito isso várias vezes antes, mas dessa vez falou que “realmente não tinha mais jeito”. O ano ainda estava na metade e ele já estava condenado. Apesar de todos jurarem que ele não agüentaria ele prometeu para a diretora, para os seus pais, e principalmente para si que iria até o final do ano sem aprontar nada.
Ao saber da condenação precoce de Wellington, os nerds resolveram tramar ele. Os nerds sabiam que Wellington era amigo dos meninos mais velhos que ficavam fumando no fundo da escola. Os meninos eram aqueles que mesmo no ensino fundamental já tinham bigode, pareciam com os pais dos alunos comuns e já tinham estudado com os irmãos mais velhos dos alunos atuais. Algumas vezes Wellington ia para trás da escola junto com eles.
Eis que na quinta-feira, antes do feriado o menino-problema estava com a sua patota quando os meninos mais velhos passaram e o chamaram para acompanhá-los. Os nerds acompanharam de longe a movimentação dos meninos e dos homens. O gosto pela aventura, que era freqüente em Wellington o levou até o fundo da escola. Nem mesmo sua turma quis acompanhar Wellington , pois mesmo com tantas estripulias no currículo consideravam fumar algo pesado demais. Os fumantes precoces iam o mais rápido possível para o fundo da escola, pois quanto mais rápido chegassem mais poderiam fumar. A velocidade acelerava mais ainda o coração de Wellington. Ele pensou em voltar, mas era tarde demais, se voltasse seria zoado eternamente pela turma dos bigodudos, e perderia toda a fama que construíra ao longo da sua vida escolar. Ao chegar tiraram a carteira de cigarros, que custou cinqüenta centavos, sacaram os fósforos, e mesmo com um menino vigiando se não vinha ninguém, a inspetora Adalgisa apareceu e os pegou em flagrante.
Ao caminho da sala da diretora Wellington pensava de forma positiva e negativa simultaneamente. Por um lado pensava “Me fudi! Eu vou ser expulso, vou ter que ir pra outra escola, onde não conheço ninguém”, por outro lado pensava “Mas ela já disse aquilo milhares de vezes, desta vez não pode ser diferente”. A espera na sala foi se tornando tensa, ele suava, enquanto os meninos do bigode davam risada. Para se enturmar ele dava risadinhas de canto de boca. Quando Anselma chegou fez o mesmo procedimento de sempre com os meninos, chegou, conversou, ligou pra mãe e mandou embora. Quando Wellington estava saindo ela falou “Hey, você não rapazinho!”.
O coração disparou. Ele tentou falar algo, mas o nervosismo não deixou que falasse.
- Eu não te falei que da próxima você seria expulso?
- Ma....
- E você não falou que ia tomar jeito?
- Ma.....
- Você está expulso Wellington!
- Mas professora, eu não estava fumando. Só estava junto com eles.
- Eu sei Wellington, eu sei. Aliás, estou cansada de saber. Agora você conta isso pra diretora do seu novo colégio.
Wellington foi expulso e foi estudar em um colégio de freiras, onde finalmente terminou o primeiro grau.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Aham

Mariana e João Cláudio já estavam na rotina há tempos. Para João Cláudio isso era muito bom, para Mariana, uma bosta.
Na sexta-feira João Cláudio chegou em casa a noite, tirou os sapatos, afrouxou a gravata e pegou uma cerveja, como fazia todos os dias. Sentou em frente à televisão e ficou hipnotizado, como todos os dias. Mariana ficou só observando. No começo da hipnose televisiva ela falou:
- É isso que você vai fazer?
- Isso o que?
- Tirar, afrouxar, beber e assistir?
- Sim.
- Mas João Cláudio, você faz isso todo dia!
- Aham.
- Mas hoje é sexta-feira, você vai fazer a mesma coisa que na 2ª, na 3ª, na 4ª e na 5ª?
- Aham.
- Não agüento mais isso João Cláudio!
Ele a olhou com cara de pouco caso e virou-se de volta para a TV. Ela ficou mais emputecida. Respirou fundo, levantou-se, pegou um copo d’água e voltou ao seu lado.
Tentou puxar conversa novamente:
- Nossa, tive um dia horrível hoje.
- Aham.
- Aquele meu chefe é um filho da puta! Você lembra dele né?
- Aham.
Você conheceu ele no churrasco da empresa né?
- Aham.
- Ele é muito arrogante. Hoje ele gritou comigo umas três vezes na frente dos outros. Parece que ele faz de propósito, pra que todo mundo veja sabe?
- Aham.
- Hoje eu queria sair pra tomar umas cervejas, esquecer um pouco do trabalho sabe?
- Aham.
Mesmo “concordando”, João Cláudio continuou intacto. Conseqüentemente Mariana ficou ainda mais nervosa, foi até o quarto, pensou durante cinco minutos e voltou.
- João Cláudio, precisamos conversar!
Pegou o controle e desligou a TV. Enfim, João Cláudio olhou-a por mais de 5 segundos ininterruptos.
- Porra João Cláudio. Você faz todo dia a mesma coisa e nunca me dá atenção!
Ele ficou apenas olhando.
- Você nunca conversa comigo, nunca me conta como foi o seu dia!
Silêncio.
Em tom mais meigo, Mariana continua:
- Você não era assim no começo. Antes você era muito mais atencioso comigo.
Olhar apreensivo.
- Antes você me trazia presentes. Chegava em casa disposto, sempre com vontade de fazer alguma coisa.
Olhar de quem estava em um mundo distante.
- Caralho João Cláudio, faz mais de um mês que a gente não transa!!!
Ele não falou nada, o que a deixou mais raivosa. Foi até o quarto e voltou rapidamente.
- Ah João, vamos voltar a ser como antes. Vamos sair hoje?
Ele olhou e fez cara de pensativo. Ela continuou:
- Então João, vamos aonde?
Ele continuou com a cara de pensativo.
- Que merda João Cláudio. Desde que você chegou você não falou nada. Eu falei um monte de coisa e você não vai abrir a boca?
Ele balançou a cabeça negativamente.
Ela tirou uma arma e deu um tiro a queima roupa na cabeça dele.
- FALA AGORA SEU FILHO DA PUTA!!!
Silêncio.

terça-feira, 4 de março de 2008

O novo já nasce velho

Quando algo muda de nome, demora muito tempo pra mudar de nome. Explico. Mesmo que alguma coisa mude de nome, este algo demora muito tempo pra mudar de nome efetivamente. O nome antigo continua durante vários anos na cabeça dos mais antigos, que conheceram o algo com o seu nome de antes.Ainda não entendeu? Ókei, vamos aos exemplos práticos.Já há alguns anos o nosso querido e famoso Cefet recebeu o nome/grau de Universidade Tecnológica, a primeira do Brasil, diga-se de passagem. Mas, quem é que chama o Cefet de Universidade Tecnológica? Por muito tempo o Cefet vai continuar chamando-se Cefet, mesmo que ninguém saiba dizer o que significa.

UP
Recentemente o Unicenp recebeu a graduação de Universidade, passando a se chamar Universidade Positivo. A “nova” instituição recebeu a sigla ridícula de UP. Unicenp era muito mais descolado. O novo nome só não perde para o antigo na questão da propaganda. A trilha sonora da nova instituição será “get UP”, do grande James Brown. No final do ano não tocará mais musiquetas de natal na ponte, mas sim o hino Black “get UP”. As propagandas não terão mais modelos fingindo ser alunos que estão fingindo que estão estudando. Agora, as propagandas terão o nosso reitor dançando “get UP” com uma peruca Black Power. Mesmo assim, os esforços não vingarão. O Unicenp vai continuar Unicenp.

O Formiga
O super-hiper-mega-supersônico mercado formiga foi durante muito tempo ponto de referência na região brazense (no São Braz). Há uns sete anos o mercado mudou de nome, e mudou, e mudou e mudou de novo. Ainda assim, o formiga continua formiga. O ponto de referência ainda é o formiga, mesmo que não exista mais.

Exemplo Pessoal
Por um motivo que não vou contar agora (se não terei que escrever um novo texto), há exatos 9 anos deixei o meu nome de batismo para me chamar fogo. Todo mundo acha que o apelido se deve ao meu cabelo, que era Black Power. Por ter a mesma preguiça que estou agora em contar a história, acabo confirmando a história. Agora não tenho mais Black Power, mesmo assim vou continuar sendo fogo, provavelmente até o resto da vida.
Vou continuar sendo o fogo, que estuda no Unicenp, compra salgadinho no formiga e trabalha na rua do Cefet.