quinta-feira, 19 de abril de 2012

Em tempo

“Eu te amo!”.

Disse ela pela primeira vez após terem transado.

Ele era um escroto. Talvez insensível demais, sincero demais, seco demais. Não respondeu nada.

Só queria sexo. Em nome desse sexo não iria mentir. Não diria aquilo só por que ela queria ouvir.

Sentiu-se feliz, mas preocupado. Feliz por ser amado, mas preocupado pelo mesmo motivo. “Era só sexo e agora essa guria tá me amando. Como vou me livrar disso?”.

Se livrar de alguém ou algo que se odeia pode até ser fácil, mas se livrar do que ou quem te/se ama...

A resposta veio apenas um ano depois. Não se livrou. E amou. Amou e disse.