Olhavam-se todo momento. Alguns segundos chegavam a se olhar fixamente até que um dos dois desviava o olhar. Ela se levantou e antes de partir deixou um papel com seu nome e telefone.
Quando ela se aproximava a vergonha e o nervosismo também vinham. Ele ficou feliz pela atitude dela e em partes, também ficou feliz por ela não ter dito nada. Na mesma noite mandou uma mensagem, que ela respondeu de bate-pronto. Desenrolaram uma longa conversa por mensagem por toda a noite.
Pelas redes sociais conheceram-se um pouco melhor (ou ao menos as aparências que ambos buscavam passar). Conversavam frequentemente pela internet.
Passaram a ter um romance. Muitas mensagens de amor de ambos os lados. Estavam realmente apaixonados. Havia confiança e um quê de inocência naquele amor em tempos de internet. Comprometeram-se tendo se visto apenas uma vez e jamais conversado, mas o namoro virtual havia de se tornar carnal. A hora foi marcada na casa dela.
Cumprimentaram-se aos beijos e logo deixaram transbordar todo amor represado, transmitido até então por meio de cabos.
Beijando-se foram para o quarto e lá concretizaram o que ambos desejavam.
Nenhuma palavra.
Assim a menina fanha e o garoto gago conheceram o amor que nunca tinham tido.
2 comentários:
o sonho de muitos. Akontecer tudo sem uma palavra. E sem gastar nada. Bj migo buni
Lendo esse texto me indaguei: como seria, a 200 anos atrás, um homem cabeludo namorando uma mulher de cabelo curto? Hoje normal, mas para época estranho... Para pensar....
Parabéns.
Bjus
Gui Rodrigues
Postar um comentário