Nunca brigavam, parecia ser o casal perfeito. E era.
Jamais foram vistos discutindo ou brigando. Expressões de alegria e demonstrações de carinho eram percebidos de longe.
A lógica era simples, quando não queriam se ver não se viam. Se um dos dois queria ficar sozinho ou com os amigos era só avisar e estava tudo resolvido. Sem crise.
Não existia obrigação alguma. Às vezes ficavam até um mês sem se ver e nem por isso a paixão diminuía, pelo contrário.
Estavam um ano juntos nesse ritmo. Frequentavam a casa e conheciam a família um do outro. Se falavam todos os dias e jamais houve uma traição. Apesar da aparência não namoravam. Nunca houve um pedido, simplesmente foi rolando.
Ele, com sua obsessão pelo formalismo, a pediu em namoro. A aceitação era inevitável.
Inevitável também foi o sentimento de posse que emergiu em ambos. A alegria se foi.
Tudo que é bom um dia acaba.
Um comentário:
É, ué.
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