quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Brochei

Ela é a menina dos meus olhos. Meus desejos se resumem a ela. Não sei se é desejo, ambição ou paixão.

Já conquistei todas que quis, agora quero a ela e nada mais. E ela sabe disso. Já tentei outras vezes, várias, mas nada houve. Sem sucesso. Em algumas tentativas achei estar bem próximo, mas nos pênaltis ela me espalmou para escanteio. Mas não desisto. A quero acima de tudo e só descansarei depois de tê-la.

Chegar nela é difícil. Após vários fracassos tentar novamente é complicado. Além da minha própria expectativa ainda há aqueles que estão em volta torcendo pelo meu fracasso. Afinal, uma moça como ela é desejada por todos.

Consigo finalmente chegar. Eu, que sou simpático, desinibido e querido por muitos, mal consigo falar. Estou nervoso. Extremamente nervoso. Faltam-me assuntos. Ela não me dá muita moral. Praticamente monossilábica. Mesmo com os assuntos parecerem fugir, consigo improvisar algo. Falo sobre coisas nada a ver. Isso é ruim, mas bom, consigo arrancar algumas risadas dela.

Dedico tempo. Bastante. E dedicarei o que for necessário. Não vejo nada ao meu redor. Só ela. Eu e ela. A conversa se desenrola. Vai indo, aos trancos e barrancos, mas segue. O nervosismo continua. Por mais que já estejamos flertando não consigo me sentir totalmente à vontade.

Nesse tempo de jogo já estou pronto para o bote. Qualquer assunto que surja consigo uma brecha para sugerir um algo a mais. Ela sorri. Vejo que é necessária uma investida mais incisiva. Juntamente às sugestões de segunda intenção eu a abraço, beijo o rosto, pego na mão.

Numa dessas ela cedeu. Beijei-a. Não acredito. Meu estômago se revira chegando a produzir alguns barulhos estranhos que parecem arroto. Sigo na pegada. Beijo, conversa e carícia fazem com que, embora ainda presente, uma parcela de nervosismo desapareça.

Não sei como, mas acabamos na cama. Beijamos-nos ardentemente. Abraços e afagos acontecem, mas o nervosismo ressurge com imensa intensidade. Mesmo tendo-a, ela que sempre quis, não consigo me levantar. Meu pau não responde aos impulsos. Nenhum sinal. Fico ainda mais nervoso e menos excitado.

Nem chegamos a tirar a roupa. Ela percebeu e compreendeu a situação, ao menos aparentemente. Não sei se terei outra chance.

Merda! Não boto fé que desperdicei aquela oportunidade. Fracassei mais uma vez na minha tentativa em chegar até lá com ela. Caralho! Maldita expectativa. Maldito nervosismo. Se fosse outra teria ocorrido tudo naturalmente, como sempre. Mas juro que um dia a terei. Terei sim.

Não foi desta vez, mas um dia você será minha, libertadores.

2 comentários:

Anônimo disse...

essa historinha ta muito avançada para onde o corinthians se quer chegou numa libertadores, o maximo foi a conversa e com muito nervosismo...

Alexandre Fernandes disse...

Baita texto. Baita texto.