sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Sinceridade feminina

Camila era despojada, espontânea, risonha e sincera. Gostava de conversar, gritar e falar palavrão. Era vaidosa e vestia com requinte seu corpo magro, bronzeado e de estatura mediana. Assim como seus dedos, seus lábios eram finos. Tinha seios naturais que cabiam em uma mão. Camila era também conhecida por outra característica: dava para qualquer um.

Camila gostava de transar e achava homem chato demais para namorar, por isso queria apenas a parte que importava. Como a maioria dos homens podia lhe dar o que queria então podia ser qualquer um.

Se pudesse Camila faria sexo todo dia e, se aguentasse, o dia inteiro. Não dava para dois ao mesmo tempo, mas se houvesse oportunidade daria para mais de um no mesmo dia.

Não era necessário galantear, conversar, levar para jantar, flertar. Não precisava nem dizer o nome. Bastava um “vamos transar” e pronto.

Sabia que outras mulheres queriam ser como ela. Não ligava para o que falavam e falava por si mesma. Repetia quantas vezes fosse preciso que dava para quem quisesse comê-la.

Mas tinha seus critérios e deixava bem claro que se não gostasse pararia tudo, se vestia e ia embora. Se isso ocorresse, Camila contaria para todo mundo o baixo desempenho do cidadão.

Esse fato afastava os homens que pudessem se aproximar pelo sexo. Tinham receio e até medo de ter seu desempenho sexual divulgado.

Camila morreu virgem.